
terça-feira, 22 de junho de 2010
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
7 de Novembro
Início de uma nova época.
Início dos ensaios, que serão no local de do costume (Centro Social de Mundão, junto á Igreja), às 21h30m.
Entrada de novos elementos, sejam benvindos amigos. Fazemos votos de que se sintam bem nesta família.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Final de época!
E estamos na recta final de uma época, que notoriamente foi recheada de actuações.
Concretamente ainda não se chegou ao fim, mas já se faz o rescaldo do que foi acontecendo.
Como sempre, o Rancho Folclórico de Mundão, pôs á prova todo o trabalho que foi desenvolvendo ao longo dos anos. O resultado, esse é magnífico (modéstia á parte).
Parabéns a todos que ao longo destes fins de semana deram de si, a esta nobre causa.
Concretamente ainda não se chegou ao fim, mas já se faz o rescaldo do que foi acontecendo.
Como sempre, o Rancho Folclórico de Mundão, pôs á prova todo o trabalho que foi desenvolvendo ao longo dos anos. O resultado, esse é magnífico (modéstia á parte).
Parabéns a todos que ao longo destes fins de semana deram de si, a esta nobre causa.
O Rancho Folclórico de Mundão
quarta-feira, 17 de junho de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Folclore, uma ciência…
Folclore é a ciência das tradições, dos costumes, das crenças, das artes populares.
Registamos este conceito, tomando conta de que o Folclore é uma ciência, daí o trabalho desenvolvido em torno do temo seja, para nós, de grande responsabilidade.
Podemos constatar que esta ciência de que falamos estuda factos, factos esses a que podemos chamar de fenómenos. A sua metodologia é própria e única, sendo que o trabalho terá que ser desenvolvido com base nas recolhas, olhando o passado e para o que dele provém, assentando o trabalho na sociedade actual, na sociedade viva.
Há necessidade de reforçar a ideia de que muitas vezes o conhecimento que pretendemos ter do povo de uma região, de uma época, através do estudo dos costumes, das tradições, das crenças, das lendas, das danças e dos cantares, do artesanato, ou seja, da sua forma de estar na vida, não pode ser feita de qualquer forma, exigindo assim uma formação adequada e específica de quem se dedica a este trabalho minucioso.
Depois deste trabalho desenvolvido podemos pedir a um Grupo Folclórico, por exemplo, que seja sem dúvida, uma escola de permanente formação, dando a conhecer estes valores aos elementos que o constituem.
Um Grupo Folclórico terá que recorrer aos artesãos ainda existentes, para a confecção de trajes, calçado, utensílios. Quando não houver essa possibilidade, recorre-se a fotografias antigas, artigos, ou ás memórias das gentes do nosso povo.
Quanto ao plano sociocultural queremos isto e muito mais. Devem-se aproveitar as oportunidades para que se instituam hábitos nos Grupos e nos seus componentes, para que se reflictam na vida social de forma positiva.
As tradições estudadas e divulgadas pelos Grupos, não devem ser feitas de forma desmedida, nem mecânica, mas sim ponderada e consciente. Todos têm o dever de saber o significado do que dançam, do que cantam e do que trajam. Só assim podemos “construir” uma verdadeira escola de formação, com bases sólidas, para que estes valores sobrevivam, e que possam dar continuidade ao estudo desta ciência.
Registamos este conceito, tomando conta de que o Folclore é uma ciência, daí o trabalho desenvolvido em torno do temo seja, para nós, de grande responsabilidade.
Podemos constatar que esta ciência de que falamos estuda factos, factos esses a que podemos chamar de fenómenos. A sua metodologia é própria e única, sendo que o trabalho terá que ser desenvolvido com base nas recolhas, olhando o passado e para o que dele provém, assentando o trabalho na sociedade actual, na sociedade viva.
Há necessidade de reforçar a ideia de que muitas vezes o conhecimento que pretendemos ter do povo de uma região, de uma época, através do estudo dos costumes, das tradições, das crenças, das lendas, das danças e dos cantares, do artesanato, ou seja, da sua forma de estar na vida, não pode ser feita de qualquer forma, exigindo assim uma formação adequada e específica de quem se dedica a este trabalho minucioso.
Depois deste trabalho desenvolvido podemos pedir a um Grupo Folclórico, por exemplo, que seja sem dúvida, uma escola de permanente formação, dando a conhecer estes valores aos elementos que o constituem.
Um Grupo Folclórico terá que recorrer aos artesãos ainda existentes, para a confecção de trajes, calçado, utensílios. Quando não houver essa possibilidade, recorre-se a fotografias antigas, artigos, ou ás memórias das gentes do nosso povo.
Quanto ao plano sociocultural queremos isto e muito mais. Devem-se aproveitar as oportunidades para que se instituam hábitos nos Grupos e nos seus componentes, para que se reflictam na vida social de forma positiva.
As tradições estudadas e divulgadas pelos Grupos, não devem ser feitas de forma desmedida, nem mecânica, mas sim ponderada e consciente. Todos têm o dever de saber o significado do que dançam, do que cantam e do que trajam. Só assim podemos “construir” uma verdadeira escola de formação, com bases sólidas, para que estes valores sobrevivam, e que possam dar continuidade ao estudo desta ciência.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Tradições de Mundão
Mundão possui trajes característicos, vindos das casas solarengas da freguesia às mais pobres e rurais.
Registam-se trajes ricos que vieram dos solares dos Góis, dos Menezes, das senhoras ricas de Nespereira, a par da pureza e beleza de lenços de seda, de algodão e de lã, de peças de linho, assim como tecidos quentes como o burel, dos tamancos ferrados, da elegância dos trajes de ver-a-Deus e ir á Missa, do alegre colorido da romaria, da beleza da meia senhora, do peso que as grossas correntes do relógio de prata emprestam ao lavrador abastado, dos aventais de riscado, das blusas de gregorina, das saias de armur e de brocado.
Tudo isto, em perfeita harmonia, pode ser observado nos dias de hoje, no Rancho Folclórico de Mundão, que defende condignamente os valores da sua terra.

Romarias era coisa eu não faltava na nossa região.
Mundão também ia á romaria – do Sr. Dos Aflitos e S. Pedro em Cavernães e Gumirães, os mais afoitos a S. Macário e Sr.ª da Lapa, e todos ainda hoje a Sta Eufémia de Matos em Cepões.
Fui à Sra. da Lapa,
Dei o nó numa urgueira
Foi uma jura que eu fiz
De lá não voltar solteira.
Para a romaria as gentes de alguns lugares desta freguesia, usavam os seus melhores trajos, com as cores mais garridas, as raparigas usavam as arrecadas, as cruzes, as medalhas e os fios de voltas, de ouro. Dizia-se que na Romaria arranjavam os amores!
O farnel era preparado com dedicação, sempre transportado á cabeça de mulher que já tinha o seu traquejo, num cesto de dois tampos, fechado por um pau enfiado em duas azelhas simétricas, era um farnel de festa.

Faziam-se ao caminho, em grandes Ranchos, cantando e dançando caminho fora.
De vez em quando paravam em sítios já conhecidos, para beber um golito de água ou para ensaiar uma cantiga, ou mesmo para dançar, pois havia pernas para isso.
Vai devagarinho
Vai devagar só
Vai devagarinho
Não levantes pó.
Chegados á romaria pagavam-se as promessas à Santa, cuja estampa o rapaz colocava na fita do chapéu, em sinal de que a promessa tinha sido comprida, dando-lhe assim ar de romeiro.
E depois começava a dança…músicos ao improviso, uma concertina, uns ferrinhos, um bombo, e que tocadores dali saíam. Era um verdadeiro arraial.
Ora deixa-te estar
Assenta-te aqui,
Ora deixa-te estar
Amor ao pé de mim.
Os mais miúdos deliciavam-se com os doces, os beijinhos, as cavacas e as santinhas de açúcar, o caminho até se fazia mais rápido.
Na romaria nem tudo era festa, ali também era local de se acertarem contas: dos amores roubados, de juras feitas, de águas de partilha…começava o burburinho e de lá saltava o pau de marmeleiro desancando a torto e a direito.
Nem sempre as coisas eram assim, muitas romarias começavam e acabavam tranquilamente! Mas…Romaria da Beira sem berdoada, nem era Romaria, nem era nada!
Registam-se trajes ricos que vieram dos solares dos Góis, dos Menezes, das senhoras ricas de Nespereira, a par da pureza e beleza de lenços de seda, de algodão e de lã, de peças de linho, assim como tecidos quentes como o burel, dos tamancos ferrados, da elegância dos trajes de ver-a-Deus e ir á Missa, do alegre colorido da romaria, da beleza da meia senhora, do peso que as grossas correntes do relógio de prata emprestam ao lavrador abastado, dos aventais de riscado, das blusas de gregorina, das saias de armur e de brocado.
Tudo isto, em perfeita harmonia, pode ser observado nos dias de hoje, no Rancho Folclórico de Mundão, que defende condignamente os valores da sua terra.
Romarias era coisa eu não faltava na nossa região.
Mundão também ia á romaria – do Sr. Dos Aflitos e S. Pedro em Cavernães e Gumirães, os mais afoitos a S. Macário e Sr.ª da Lapa, e todos ainda hoje a Sta Eufémia de Matos em Cepões.
Fui à Sra. da Lapa,
Dei o nó numa urgueira
Foi uma jura que eu fiz
De lá não voltar solteira.
Para a romaria as gentes de alguns lugares desta freguesia, usavam os seus melhores trajos, com as cores mais garridas, as raparigas usavam as arrecadas, as cruzes, as medalhas e os fios de voltas, de ouro. Dizia-se que na Romaria arranjavam os amores!
O farnel era preparado com dedicação, sempre transportado á cabeça de mulher que já tinha o seu traquejo, num cesto de dois tampos, fechado por um pau enfiado em duas azelhas simétricas, era um farnel de festa.
Faziam-se ao caminho, em grandes Ranchos, cantando e dançando caminho fora.
De vez em quando paravam em sítios já conhecidos, para beber um golito de água ou para ensaiar uma cantiga, ou mesmo para dançar, pois havia pernas para isso.
Vai devagarinho
Vai devagar só
Vai devagarinho
Não levantes pó.
Chegados á romaria pagavam-se as promessas à Santa, cuja estampa o rapaz colocava na fita do chapéu, em sinal de que a promessa tinha sido comprida, dando-lhe assim ar de romeiro.
E depois começava a dança…músicos ao improviso, uma concertina, uns ferrinhos, um bombo, e que tocadores dali saíam. Era um verdadeiro arraial.
Ora deixa-te estar
Assenta-te aqui,
Ora deixa-te estar
Amor ao pé de mim.
Os mais miúdos deliciavam-se com os doces, os beijinhos, as cavacas e as santinhas de açúcar, o caminho até se fazia mais rápido.
Na romaria nem tudo era festa, ali também era local de se acertarem contas: dos amores roubados, de juras feitas, de águas de partilha…começava o burburinho e de lá saltava o pau de marmeleiro desancando a torto e a direito.
Nem sempre as coisas eram assim, muitas romarias começavam e acabavam tranquilamente! Mas…Romaria da Beira sem berdoada, nem era Romaria, nem era nada!
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